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Confira matéria do G1 sobre Dia do Intensivista com profissionais do estado

11/11/2020

O Dia do Intensivista, comemorado em 11 de novembro, ganhou destaque na mídia com depoimentos de profissionais do estado do Rio de Janeiro. Confira, na íntegra, a matéria e o vídeo realizados pela SES em parceria com o G1 para marcar a data destes profissionais tão importantes para a saúde da população:

Dia Nacional do Intensivista: médicos relembram momentos marcantes da pandemia de Covid-19 no RJ; vídeo

Profissão ganhou destaque após Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do estado e do mundo ficarem lotadas durante o surto de Covid. Apenas nas unidades estaduais de Saúde, mais de 16 mil pacientes precisaram de cuidados de um intensivista.

No dia em que é celebrado o Dia Nacional do Intensivista, o G1 recebeu relatos dos profissionais da área sobre o que enfrentaram nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Rio de Janeiro durante a pandemia de Covid-19. A rotina desses médicos foi resumida em momentos de angústia, aprendizado e superação.

A data é celebrada nesta terça-feira (10) e a profissão ganhou destaque após o número de vítimas do novo coronavírus (Sars-Cov-2) aumentar exponencialmente no mundo. Apenas nas unidades da Secretaria Estadual de Saúde (SES), mais de 16 mil pacientes precisaram de cuidados de um médico intensivista.

Carlos Rocha, de 44 anos, trabalha no Hospital Estadual Carlos Chagas (HECC), em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio. Ele afirmou que os pacientes diagnosticados com Covid-19 tinham medo de serem entubados e acabar morrendo.

“O que mais me marcou neste ano, durante o tratamento dos pacientes com Covid, foi ver o lidar da equipe com as angústias do paciente. Muitas vezes a gente via aquele medo no paciente de ser entubado ou mesmo dizendo ‘doutor, se eu for entubado acho que vou morrer’. Isso foi muito impactante para a gente. Ver a equipe trabalhando todas essas angústias e não só a parte técnica, foi muito impactante para mim”, afirmou Rocha.

O médico Felipe Ribeiro Henriques, de 41 anos, trabalha no Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL) e disse que recebeu, durante a pandemia, a prova de que nada é impossível. Uma paciente grave, em ventilação com a barriga para baixo e gestante, deu à luz um bebê em parto normal.

“Essa paciente estava muito grave, tinha Síndrome da Angustia Respiratória Aguda (Sara). Ela estava em condições de profunda falta de ar, estava entubada. A gente discutiu na unidade o benefício em decúbito prona, que é a ventilação de barriga para baixo. Acontece que essa jovem estava grávida, na fase final da gestação. A gente optou em não interromper a gravidez, cuidar bem da mãe e conduzimos dessa forma”.

“Para nossa grata surpresa, essa paciente entra em trabalho de parto, ela dá à luz a um menino, nascido de parto normal, dentro de um CTI, no meio de uma pandemia, de uma mãe com coronavirose. (…) Um caso basicamente único na literatura médica”, disse o intensivista Henriques.

E completou:

“Marcou a todo time pela questão emocional, pela mensagem que a gente recebeu naquele dia. No meio de tanto sofrimento, uma pandemia, tanto sofrimento, a natureza mostrando que ela é perfeita”.

Apesar das dificuldades da profissão, há sempre pontos positivos a serem lembrados. Para Cláudia Falconiere, de 56 anos, a parte mais marcante do intensivista pediátrico é dar a notícia aos responsáveis quando o filho acorda.

“Muita gente me pergunta porque eu escolhi a terapia intensiva pediátrica. É um momento difícil para toda família, a criança doente, separada dos pais. Mas quando você pensa naquela criança que ficou grave, ventilação mecânica, dependente do respirador, aquele momento que ela sai da ventilação mecânica e acorda do coma profundo. Você consegue falar para a mãe ‘pega seu filho no colo porque ele despertou’. Esse é o momento mágico da terapia intensiva”, disse Cláudia, que trabalha no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (HEAPN) há mais de 20 anos.

Confira o vídeo e a matéria no site do G1: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/11/10/dia-nacional-do-intensivista-medicos-relembram-momentos-marcantes-da-pandemia-de-covid-19-no-rj-video.ghtml

 

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