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Hospital Estadual Carlos Chagas completa 80 anos

26/06/2017

Há 45 anos, o presidente do Brasil era Emílio Garrastazu Médici, as pessoas pagavam suas compras em cruzeiros e a auxiliar administrativa Guaraciara Pereira da Paixão, de 69 anos, começou a trabalhar no Hospital Estadual Carlos Chagas. De lá para cá, foram nove presidentes, cinco moedas diferentes e sete planos econômicos. Só uma coisa não mudou nesse tempo: o amor de Guaraciara pela unidade.

Tanta dedicação será reconhecida mais uma vez nesta segunda-feira, 26/06, quando o hospital completa 80 anos de existência. Guará, como é carinhosamente conhecida em todos os setores, vai receber uma homenagem promovida pela direção. Ao lado dela, estará o técnico de Raio-X Patric Medeiros da Silva, 33 anos, que, com um ano e nove meses de casa, é um dos mais novos funcionários da unidade.

Embora cerca de 40 anos separem as duas carreiras, os dois funcionários têm uma coisa em comum: falam com carinho do ambiente de trabalho e citam que encontraram amigos no hospital. – O clima aqui é muito bom. Ganhei amigos aqui, pessoas com quem eu me relaciono fora do trabalho- contou Patric. Guará acrescenta: – Tive boas oportunidades aqui, uma chefe antiga me ofereceu até para pagar um curso de enfermagem. Tive oportunidade de criar minhas filhas aqui, a mais nova nasceu no hospital. Também criei meus netos aqui – disse Guará. Ela não gosta de pensar em aposentadoria: – Eu não posso me aposentar, isso aqui (o hospital) é a minha vida. Tenho verdadeira paixão por ele, tenho pavor de me aposentar – acrescenta.

Tanta dedicação contagiou a família. A filha caçula, Ana Lúcia Pereira, de 45 anos, afirmou que a unidade é a primeira em que ela pensa quando o assunto é saúde: – O Carlos Chagas é referência de tudo na minha vida. Nasci aqui, cuidei dos meus filhos aqui, sempre que preciso, é ao hospital que eu recorro – assegurou.

E não é que tanta dedicação chegou à terceira geração da família de Guará? A neta, Jéssica Pereira Guinodi, 26, trabalha como assistente operacional na direção do hospital há quatro anos. O Hospital Carlos Chagas é o seu primeiro emprego e ela confessa que sofreu “uma pequena pressão da avó” para aceitar a vaga. – Eu fui ver outro emprego, no Centro do Rio, mas a minha avó achou que o lugar era perigoso e eu tive que recusar. Fiz vários currículos e ela me ajudou a distribuir. Foi quando surgiu a vaga aqui. Mas a paixão da minha avó é super justificada – conclui.

Diante de tantos elogios, é de se perguntar: O que é que o Carlos Chagas tem? Nem mesmo os veteranos sabem responder. – Não sei explicar, o hospital conquista as pessoas. Quem ama o Hospital Estadual Carlos Chagas fica a vida inteira aqui – resume a médica Maria da Conceição Gomes Simões, que chegou ao hospital em 1978, ainda como acadêmica de Medicina, fez residência no hospital e em 1986 passou em um concurso público para trabalhar lá, onde continua até hoje.

Mais sobre a unidade – Inaugurado em 26 de junho de 1937, o hospital é a unidade de urgência e emergência mais antiga da rede estadual de saúde. Localizado no bairro de Marechal Hermes, na capital, é uma unidade de portas abertas, com perfil de clínica médica, clínica cirúrgica e pediatria, além do atendimento em terapia intensiva adulta e pediátrica. Na unidade, também funcionam o Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica e o projeto Sorriso Especial, que consiste no atendimento odontológico especializado a pacientes – crianças, jovens e adultos – com deficiências como paralisia cerebral, autismo, síndrome de Down, entre outras.

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