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Programa Estadual de Transplantes inaugura a primeira Organização de Procura de Órgãos do Rio

27/02/2014

O Rio de Janeiro ganha nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, a primeira Organização de Procura de Órgãos (OPO) do estado. Gerida pelo Programa Estadual de Transplantes (PET), a OPO Sul, como será chamada, vai funcionar no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), no Humaitá, e abrange a Zona Sul e Zona Oeste da cidade do Rio, além de Niterói. A expectativa é que a nova OPO aumente as notificações e doações efetivadas em mais de 110% ainda este ano. Em 2014, até o dia 19 de fevereiro, foram feitas 33 captações. Hoje, já são mais de 1.900 pessoas à espera de um transplante no estado.

- A partir da implementação das OPOs, queremos conseguir detectar mais precocemente doadores através do contato mais próximo com hospitais de cada região. Além disso, esperamos aumentar a sensibilização nas unidades de saúde com a presença mais frequente das equipes – ressalta o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo, lembrando que outras quatro OPOs também serão inauguradas: uma na Tijuca, Zona Norte do Rio, e as outras nas cidades de Petrópolis, Itaperuna e Barra Mansa.

Criadas para descentralizar e aperfeiçoar o processo de doação de órgãos e tecidos nas unidades de saúde, as OPOs vão atuar em conjunto com as equipes já existentes do PET, como o grupo de Terapia Intensiva e a Coordenação Familiar, por exemplo, responsáveis pelo suporte clínico aos potenciais doadores e às famílias, respectivamente. A expectativa é que após a implantação de todas as OPOs as doações cheguem a 300 por ano.

As notificações dos possíveis doadores continuarão a ser feitas ao PET através do Disque Transplantes e este vai direcionar às OPOs para avaliação do caso e possíveis desdobramentos. O próximo passo é a inauguração da Central de Preservação de Órgãos, que também vai funcionar no Iecac e visa aumentar a sobrevida e a qualidade dos órgãos até o momento do transplante.

O Programa Estadual de Transplantes - Criado em 2010, o PET conseguiu em dois anos tirar o Rio de Janeiro da lanterna nacional na captação de órgãos para o segundo lugar no ranking. Em 2013, o recorde de doações no estado foi batido: em todo o ano foram registrados 225 doadores, contra 221 em 2012. Ao longo do ano passado, foram 1.434 cirurgias de transplante em todo o estado, entre cirurgias de coração, fígado (de doadores vivos e cadáveres), rim (doadores vivos e cadáveres), medula óssea, córnea e osso. Entre as operações realizadas, os números de rim (408) e córnea (310) registraram recordes.

Estado investe em centros transplantadores - A inauguração em fevereiro do ano passado do Centro Estadual de Transplantes (CET), no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, e o início das cirurgias de transplantes pediátricos em abril de 2013 no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Vila Valqueire, foram fundamentais para alcançar essas marcas. Em menos de um ano de funcionamento, as duas unidades já ocupam o segundo lugar nacional no ranking de transplantes hepáticos realizados; perdendo apenas para uma unidade privada de São Paulo.

Como funciona o processo - Ao diagnosticar a morte encefálica, a Comissão Intra-Hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos de cada unidade entra em contato com o Programa Estadual de Transplantes para organizar o processo de doação e captação. A comissão tem papel fundamental neste processo, pois faz a abordagem e entrevista familiar de solicitação e doação de órgãos e tecidos, aumentando as chances de sucesso entre as notificações de possíveis doadores.

Fonte: SES

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